Galé camping 6.45€
Tiro a manhã para mandar uns mergulhos na praia privativa do parque, visto de baixo as falésias em forma de estalactites parece que ganham vida, a crescerem em direcção ao céu, como se precisassem de subir para respirar.
Como combinado a Lisboeta aparece com a sua filhota de 4 anos que para a idade está bastante desenvolvida, alias bastante independente. Com pena minha tenho que as deixar depois do almoço para zarpar ainda mais para sul.
Depois de onze anos a namorar já nem sei o que é ser livre, sem namorada, já nem sei como se garanha uma rapariga vai ser uma nova descoberta
Leveza de Voar
só sei que me sinto livre que nem um passarinho sem preocupações, sem algemas
Depois de onze anos a namorar já nem sei o que é ser livre, sem namorada, já nem sei como se garanha uma rapariga vai ser uma nova descoberta
Leveza de Voar
só sei que me sinto livre que nem um passarinho sem preocupações, sem algemas
A partir de Sines as praias são-me familiares, como para qualquer português, não é necessárias apresentações para a famosa Costa Vicentina.
Percorrer estas estradas de mota que já as conheço de cor é totalmente diferente, consegue-se sentir mais a rugosidade da estrada como se estive a tocá-la, e em velocidade reduzida dá para sentir os cheiros mais intensamente, criar histórias sobre as formas como uma arvore cresceu, ou de uma casa destruída no meio de um monte, até dá para ouvir o cantarolar dos camponeses a trabalhar no meio dos campos, sentir o vento abanar a t-shirt e acariciar a face.
E como se eu fize-se parte da paisagem, em união. A Vivê-la….
Ainda faço uns quilómetros, sob o sol escaldante sinto a fritar os braços, ainda por cima tive dias e dias para comprar uma long-sleve para proteger das queimaduras e nunca me lembrei. Sem grandes paisagens até chegar a Sines onde a água do mar é aquecida pela central termoeléctrica em alguns pontos das praias. A partir de Sines é sempre a beira mar S. Torpes, Porto Covo, Ilha do Pessegueiro e a praia do Malhão.
Ainda faço uns quilómetros, sob o sol escaldante sinto a fritar os braços, ainda por cima tive dias e dias para comprar uma long-sleve para proteger das queimaduras e nunca me lembrei. Sem grandes paisagens até chegar a Sines onde a água do mar é aquecida pela central termoeléctrica em alguns pontos das praias. A partir de Sines é sempre a beira mar S. Torpes, Porto Covo, Ilha do Pessegueiro e a praia do Malhão.
Praia do Malhão onde existem inúmeras Prainhas ao longo de pequenas falésias onde ficam acampadas muitas auto caravanas, e consegue-se ir a todas as praias pelo meio de trilhos em areia onde se formou pequenas dunas. Num desses trilhos que tento ir com a velocidade um pouco rápida para não enterrar, a mota com os seus pneus cheios escorrega e caiu de lado com a mota por cima de mim, felizmente não sofro nada, nem a moto, devido a bagagem ser larga que aguentou com o peso, sinto-me é todo sujo de areia.
Vila Nova de Mil fontes onde tem belas praias onde não posso deixar de ir depois de montar a tenda, onde a água do rio esta a uma boa temperatura, onde só saiu da agua já a tardinha.
Para ter pouco peso na mota, trouxe poucas mudas de roupa umas delas são os boxers só trouxe dois tenho de estar sempre a lavar, por isso existe dias que tenho mesmo de passar sem eles, hoje vai ser mais um desses dias. Ao preparar o jantar é que noto que com a queda da mota partiu o fogão a gás, vou ter de ir jantar fora.Um ano antes ofereci um anel de noivado, numa viagem mais se parecia com uma lua de mel, passado um ano com promessas de casa e nome para os filhos aqui estou eu só, mas ainda bem que assim foi, foi mais uma etapa para poder evoluir
A Viagem mais marcante de sempre.
Vou a um restaurante famoso pelo seu porco secreto, e pelo peixe grelhado. É estranho ir a um restaurante jantar sozinho as pessoas ficam a olhar para nós. Mas também foi a andar sozinho nesta viagem que aprendi como realmente sou, aprendi como reajo a falar com as pessoas. A descoberta de o que eu posso oferecer ao outro, acaba sendo uma descoberta para mim também, fora do meu mundo, como desembaraço sozinho com os problemas que surgem. Saber que minha vida é esta, mas pode ser diferente. Andar sozinho tenho menos distracções e posso prestar atenção naquilo que acontece a minha volta e dentro de mim. Remete a uma reflexão existencial, a estar mais presente, centrado. Sozinhos os nossos instintos ficam mais apurados como auto-defesa, consigo perceber as situações, que acompanhado não notava, entender gestos, os tiques, como as pessoas falam, consigo perceber como elas se sentem. . É bom quando se consegue ir além do medo.
Isto faz-me lembrar a minha mãe, antes de eu partir disse que eu podia levar a minha carrinha que tem espaço para a tralha toda, ou até já desesperada por eu ir de mota tao longe, já queria oferecer a auto-caravana dela para eu trazer, mas acho que as viagens hoje em dia são superprotegidas, as pessoas se armam, querem levar todo seu conforto. Basta marcar as férias para começar a corrida atrás de uma acomodação com TV, ar-condicionado e frigobar. Nada contra a mordomia, o único problema é tornar a viagem um prolongamento da vida quotidiana. As pessoas viajam para descansar, se divertir, não para encontrar o desconhecido ou encontrar a si mesmas. Ninguém quer sair da zona de conforto, é cada vez mais dificil se soltarem ao risco, pisar a linha.“É por isso que viajamos para lugares distantes. Saibamos disso ou não, precisamos renovar nós mesmos em territórios frescos e selvagens. Precisamos ir para casa passando por terras estranhas"...
Nesta época ainda esta pouca gente, nem parece a Vila Nova de Milfontes que conheço de Agosto, mas tirando o Tamariz foi onde encontrei mais gente, pena não poder ficar mais tempo em cada sitio que passo. Ficando pouco tempo em cada terra não da para conhecer as pessoas, só da para dizer um Olá e um Adeus e um trocar de olhos.
Nesta época ainda esta pouca gente, nem parece a Vila Nova de Milfontes que conheço de Agosto, mas tirando o Tamariz foi onde encontrei mais gente, pena não poder ficar mais tempo em cada sitio que passo. Ficando pouco tempo em cada terra não da para conhecer as pessoas, só da para dizer um Olá e um Adeus e um trocar de olhos.
Um local daqui diz-me que todos os anos é igual conhece pessoas, de um dia, de uma semana, ou quinze dias no máximo, que depois nunca mais as vê. Já esta a ficar habituado, mas algumas ficam marcadas para sempre.
Não havendo grande noite de bares a única opção é ir para a praia onde o som saído das colunas é trocado pelo som de um djambé. No inicio da madrugada tenho de ir descansar para a tenda, que já nem fechos tem, é o que faz comprar a 9,90€
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